
Hoc est simplicisimun
Nada a dizer do que houver
na multitudinária adição
dos enredos menstruais
sociovirtuais
No convescote da roda
do ordenador
neca de nada é não
Aqui comigo, querido diário
cita de Sarlo, Beatriz
brava gente argentina
E deito em ti tão bem
esta outra, da folha
do Café Kahua
Espelho, espelho meu,
se na travessia lhe dão bananas,
o fim já não se importa,
o fim a si se fina
E pela estrada afora
me vou bem contente
levar doçura contra
o que em mim odeia
Querido diário
me explico aqui ao cabo
com Gabo e seu Buendia viejo
atado à castanheira
“— Hoc est simplicisimun —contestó él—: Porque stoy loco.”
Antônio Siúves: Moral das Horas, 20013, Manduruvá Edições Especiais.