O livro “Uma Cidade se Inventa”, de Fabrício Marques (Scriptum, 350 págs., R$ 75), disponível nas livrarias de Belo Horizonte e aqui, é Papai Noel coisa fina.
Nesta obra extensa, paciente e minuciosa, Fabrício mostra que Belo Horizonte não se distingue da criação literária tramada no tempo, seu mais alto tesouro e lastro no mundo.
O que a cidade é? O livro tem respostas. O que a cidade pode? Leia o livro e responda você.
BH, como toda urbe, sem o oxigênio da criação artística nas veias, não passaria de quê? De dormitório ou, por assim dizer, dum “trabalhatório” mais ou menos fantasma.
Fazer a cidade chiar e contar sobre si mesma — e, além disso — fazer a cidade respirar é papel de romancistas, poetas, intelectuais, artistas.
Tal é a função especializada impressa nas obras, publicações, na arquitetura, na música, no diacho chamado vida cultural.
“Uma Cidade se Inventa” é um profundo levantamento desta arte. A invenção não é moldura, antes é a própria cidade que se conforma e emoldura à criação.
O livro é um luxo com o ensaio do fotógrafo João Marcos Rosa a se ajustar com sobriedade e elegância ao curso da reportagem, em que fluem depoimentos, passagens literárias e os poemas reunidos pelo poeta, professor e jornalista Fabrício Marques.
O autor do blog é parte interessa nisso. Poemas do seu “Moral das Horas” (Manduruvá, 2013) e pitacos sobre Belô acham-se no texto.
Para saber do livro:
Vídeo do jornal O Tempo
Lançamento do livro no blog Cartógrafos da Vertigem Urbana
Nota sobre o livro e uma entrevista com Fabrício Marques no blog literário Capítulo Dois
Um comentário em “Aquele presente de Natal”