Céu de Sevilha, não senhor,
Em azul, volume, fulgor.
O céu aqui é prófugo;
Há muito não pode
Com a imaginação sem
Queda para tais odes:
— Olvidado pelo destemor
Do olhar no chão celeste
Do plasma do computador;
— Trilha trivial da aviação,
Um inútil à nova era,
Mera ilusão da atmosfera;
— Nem espelho de mar e rio
Ou remordida de sol e raio
Contra a cor do minério;
— Abóboda macerada,
Bolorenta ideia selenita,
Relicário de escaparate!
[18 / "21 Poemas" - antonio siuves - 2015/2016]
