Os donos da cultura
“Como, então, seria cultural esse muito barulho por nada? Por dois motivos. Primeiro, porque é preciso encontrar um motivo para ser contra o governo; segundo, porque o governo, tendo muita acuidade para com a economia política, se esqueceu que, no Brasil, tudo tem um dono. E os donos da “cultura brasileira” são os artistas e intelectuais que se definem como uma classe trabalhadora pobre, destituída e, mesmo em Paris, frequentemente espoliada.”
Roberto DaMatta, no “Estadão”: “O lado cultural da cultura”
Das narrativas
“Para os petistas, a gravação estrelada por Romero Jucá revela que o impeachment de Dilma Rousseff não passou de um golpe de Estado com o objetivo de pôr um fim à Operação Lava Jato. O propósito escuso se somou à fraude para derrubar um governo popular e salvar os verdadeiros bandidos da cadeia, segue o raciocínio.
Obviamente, numa democracia, cada um é livre para compreender o mundo como preferir. Há quem acredite que a mulher foi criada a partir da costela de um macho e que a Lua é feita de queijo. Não se pode proibir ninguém de pensar assim nem de ensinar essas ideias a quem queira ouvi-las. Só o que se pode fazer é tentar mostrar que as narrativas mais fantasiosas não se ajustam bem ao que normalmente aceitamos como fatos.”
Hélio Schwartsman, na “Folha”: “Lua de queijo”
Li duas vezes, uma ao 18, quando gostei da estrutura, da forma e mas não tinha maturidade para desfrutar totalmente o conteúdo. Na segunda vez, aos 30, pude apreciar melhor o existencialismo de Oliveira e sua alma portenha.
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Rapaz, preciso voltar ao Rayuela, que abandonei, com grande ingratidão, no final do ano passado.
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Gostei do seu “Jogo da Amarelinha” (Rayuela).
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