Na moldura azul do janelão, à hora da sesta,
reenquadro os altos ramos da capoeira
e sua paleta de verdes que me acenam
do lado de lá do riacho, no pas de deux
com o sol, enquanto me arde a memória.
A brisa e o rumor lapidário do rio
me fazem deitar o livro de Amós Oz
e adormecer, adormecer de mim.
Às vezes, deixo-me ninar no casarão,
onde sonharam minha avó e minha mãe.
